segunda-feira, 5 de março de 2007

.lembranças lúdicas do aquipélago dos sebos

2 colheres de açúcar, copo plástico 200ml e café a gosto.
Amortecido pelas lembranças do final de semana, relizei algo que há tempos sonhava, e pensei que não viria acontecer, não tão cedo, num que está se revelando o meu melhor ano em se tratando de realizações pessoais e profissionais.

É domingo, o sol ainda preguiçoso se ascende na janela e faz-me acordar de forma diferente, pois não havia tentado isto ainda.
Meu confortável e aconchegante sofá-cama forrado com um veludo tom vermelho-sangue no qual me faço uso para dormir fica logo abaixo da janela da sala. Raramente fecho a persiana pois gosto de acordar com luz do dia, contudo desta vez, talvez pelas reviravoltas da noite durante o sono acordei numa posição ao melhor estilo vítima de uma bela vampira com o pescoço caído na cabeceira expondo a jugular para uma mordida fatal.
Tal posição me fez ver o prédio ao lado de fora da janela de cabeça para baixo. Maneira boa, contudo estranha de se acordar (sem ironia até aqui)

Levanto-me, já começo olhar em torno de mim, encontro o celular e constato ser pouco antes das 9 horas da manhã, escovo os dentes, visto uma bermuda leve, camiseta regata azul royal, doada pelo grande amigo azz, logo que fiz a tattoo do Grêmio circundado por um sól tribal na parte externa do bíceps direito.
Cartão de crédito, pouco mais de 12 reais, divididos em uma nota de 10, uma de 2 e algumas moedas, devidamente guardado no bolso e saio em direção à rua Venancio Aires parando logo na primeira farmácia que encontrei.

- Olá, você teria aquelas proteções de neoprane para o joelho e articulações?
- Vamos ver, tenho para punho e tornozelos
- Obrigado, preciso para o joelho!
- Hum, machucado?
- É, velhas lembranças do futebol nas quartas das 11 a meia-noite
- (risos), é o que dizem: uma vez machucado, uma vida de desconforto
- Exatamente isto, obrigado mesmo assim, bom domingo!

Estranhamente, acordei mais tranquilo que normalmente acordaria num domingo mesmo com o joelho quase em chamas, talvez pelo excesso de esforço empregado sob as articulações lesadas durante o jogo Grêmio(1) X São José(0).

Sigo até a próxima Panvel, logo após o colégio militar que se extende por grande parte da quadra, beirando o parque farroupilha. Adquiro uma joelheira que causa alívio glorioso da dor ao andar, pagamento com cartão de crédito, sigo correndo até o final da quadra, chegando na Osvaldo Aranha, esquerda e em direção à Redenção.
Em sua extensão de quase 3km consigo completar a primeira volta enquanto vejo já várias tendas prontas para vender seus produtos, e outras já em fase de finalização da montagem.
Era o início de horário do tão famoso brique da redenção.

Com passadas firmes (agora sim, irônico, pois não tenho joelho esquerdo) procurando não me desconcentrar da corrida e não esbarrar em alguma simpática velhinha passeando calmamente com seus cachorroes pelo parque uma primeira coisa que me chama a atenção: Praticamente em todo o brique possui venda com cartão de débito/crédito, anunciadas em placas de cerca de 20 x 15cm estampando os simbolos da Visa e Mastercard.
Sorrio sozinho, achando máximo aquilo tudo, e sigo com o exercício.

Meu condicionamento fisico não permite mais do que 1 volta correndo, então a proxima que segue é caminhando.

Ao completar a segunda volta, um pouco ofegante, passo rapidamente o olhos sob as bancas de livros, alguns separados por categorias outros por autor, e logo que cheguei em casa, banho e novamente rua para saciar a curiosidade dos contos e historias lá disponíveis.

A surpresa era o preço irrisório de alguns exemplares que beiravam os 3 reais para grandes livros como Agatha christie em seus tão famosos romances policiais ou mesmo coleções inteiras com 10, 20 e até 30 volumes com histórias de revoluções ou do nosso estado com preços que variavam de 30 a 50 reais.

Sem dúvida, um achado... apesar de não ter comprado nenhum, em breve as novas aquisições serão relatadas aqui neste mesmo espaço.

Qual mais tive vontade de adquirir?
Sem dúvida, Cem anos de Solidão, Gabriel Garcia Marquez
por míseros, 19 reais... da próxima não escapa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lendo o post, parece q vi você maravilhado cm tudo. E essa dor no joelho, que coisa ainda te encomoda! =///
Ah não perca tempo compre cem anos de solidão, eu recomendo ;)
bjs