quinta-feira, 30 de abril de 2009

.passei


Passei tudo, passei a sexta, passei o sábado e também o domingo indo de um canto a outro, meio frouxo, meio meio, meio menos. Possivelmente louco, como de costume...
Eita porra meu deus (sim, em minúsculas, jamais maiúsculas), só me matando para curar tudo isto, pensei...
Penso que talvez nem queira mais nada com nada. Consegui! É isto, mas que diabos, eu sempre consigo... e dai... sou gente como toda gente, penso como todos que pensam, amo como aqueles que amam, tezão louco como todo tesão louco deve ser, musica viagem doida, como toda música, viagens, como toda viagem... etc...
Acho que vou retomar meu disco, retomar meu filme, ta ficando lindo. Eu rio, e é lindo, mas e dai?
Sabe, posso te dizer, não é só isso... mas isto sim vale a pena.
O problema é quando o mundo dói, a razão tá pouca, direção nenhuma, acho que de quando em quando precisamos que aconteça algo, algo diferente, definitivamente.
Pare já de ser hipocrita, alguem grita! Mas quem? Não sei direito, por isso corro feito louco nos campos da minha mente. Abstrata, selvagem, verde e o sol que corre entre as frestas desse enorme campo, plano, liso como aquele sonho que te contei, lembra? Bah, aquele sonho foi lindo.
Saiba que já esgotou o entendimento, não é mais questão de razão, viva a percepção, viva agora, viva as cinco casas da magia, viva o puro passar do tempo, remotando e escrevendo a volta de tudo que é... a volta das águas. O problema é que na ida tem o leito morto, mas na volta tem os novos oceanos, a descoberta da ilha, da terra.
Tomara que na volta todos estejam me esperando, alguns humanos e alguns cachorros, gosto de todos, mas quero que os que devem estar lá, estejam mesmo, será que estarão?
Não é delírio, não é dilúvio, nem devaneio, foi o que restou de um dia, de uma hora, nesses minutos, a pouco, agora...

segunda-feira, 27 de abril de 2009

.twilight



sem saber o que dizer
derramo em meu blog um gosto de saber...
...
rosto que aparece de novo e amo
o rosto dela, rosto lindo!!!
vem de novo verdade
e molha assim meu amor transformado, doído...
sabe que bonito é...
sei...
e não me esqueço...
mostro a alma, dura
me leve...
eu desconfio...
preciso ter calma
preciso tentar
preciso ter tentado para ter calma
preciso ter calma para minha agonia
e sem saber sequer se ela ainda existe
há uma estrela que eu insisto em perseguir...

te esperarei todos os dias, as 5 na estação
até você chegar...


sexta-feira, 24 de abril de 2009

.filho único




Você me quer?
Você cuida de mim?
Mesmo que incrivelmente eu seja algum tipo medonho de pessoa egoísta e ruim?

Você me aceita (de qualquer forma)
E me dá a receita (injusto de mão beijada)
De como se faz pra conviver com um monstro imensamente mesquinho e careta?

E porque diabos é tão insconstante a forma de eu me respeitar?
Porque absolutamente não surge um imenso auto-falante que grite comigo
Mesmo que seja para me fazer entender que é estúpido agir assim,
tentando fazer tudo pra te irritar

E ah, se o mundo derrepente entendesse como é ser filho único (não é desculpa)
E que já disse o poeta, os filhos únicos são, por conta de sua natureza, seres infelizes

Eu tento mudar, não sei o quanto realmente me dedico a isto
Eu até tento (outra vez) provar que me importo com os outros
Mas a quem eu estou a enganar?
Lá longe, onde os pensamentos dormem eu sei que é tudo mentira (tudo mentira)

E que bela companheira é a solidão,
que afaga e lambe como sua língua tênue e doce

Se mostra em sua sábia forma de viver, entender e gritar aos cantos
nos que apesar de serem, sempre se sentem os menos amados

Que o destino me ajude a conhecer e conviver com a verdade,
como fazem os que têm irmãos...

quinta-feira, 2 de abril de 2009

.dos cadernos do inconsciente



o primeiro gole de ti pra matar a saudades
a sensação do delicioso ranço do teu beijo que me lambe a boca
deslisa asperamente na língua, garganta adentro
tudo em uma textura escuro-forte que me rompe a exaustão, cala-me de sossego
aguça meus sentidos e me faz corar abruptamente

tu manipulas meus sentidos com beleza sem igual
como artista que se despedaça pela obra
me relaxa meus musculos e contrai minhas idéias
para logo depois estrapolar numa explosão nuclear de ansiedade sem fim
fissura por ti é o que sinto agora, tu me consome

quanto menos te deixo de lado, mais teu cheiro me provoca
quanto mais perto eu passo, mais tu mostra tua desfaçatez e me ignora
mas ao menor deslise, ao menor descuido, tolice a minha
tu me agarra pelas têmporas, me sacode e me tira do chão
enfia-te em minha boca, lambe minha sorte e me inebria a alma