sexta-feira, 14 de maio de 2010

.das sextas-feiras


Era pra ser show, foi espetáculo, era pra ser noite e foi mais além, foi tudo isto e o que sobrou foram as soluções para todos os problemas do mundo.

Está lançado, está na rua a Diluvio #16, está no ar o Circuito Cultural e está convocada a primeira formação da Musicália, mistura furiosa de hip hop, rock steady, reggae, rock e muito alemão pra contar história...

Que década, que década! Que seja assim então: Eu, Jajá, Nicky e Bira... ta bom demais né? Quer estar no bonde? Chega junto mané!

Porque aqui tá sobrando encruzilhada e o que não falta é inspiração!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

.da convivência e conveniência



Tem dias que complica, sabe naquela hora em "cê" me acorda querendo alguma explicação que eu não tenho pra dar? Pois é, eu sei que fico assim sem palavras, sem saber o que falar, sem saber como lidar com tudo isto e quando chegar no ponto em que "cê" achar que não dá, não vai mais valer a pena investir em conversa se ta na cara que vai tudo acabar.

Mas pensando bem acho que dá, "cê" pode até pirar, gritar, xingar, eu não vou ficar boladinho que nem criança que não quer jogar bola, mas todo mundo sabe que é sempre assim, a bola é de alguém e este só quer levar pra casa pra ter o prazer de estragar o prazer, isto faz sentido pra você?

Também tem dias que eu só queria acordar e sair pra gente correr de manhã, te entregar café na cama e não te mandar pr'um divã, queria ser gentil ser que nem D'artagnan ou ainda poder ser tudo que não sou e mudar de novo amanhã.

Mas tudo o que é começo é mais ou menos mentira e vai acabar cedo ou tarde embora nem eu nem você prefira. E depois de um tempo tudo é igual a gente mal se vê, mal se fala, cada um no seu canto só fingindo interesse por alguma coisa na TV enquanto que por qualquer coisa a gente se magoa e se abala, se está cansado do trabalho? azar o seu, não ganha nem um beijo nem uma bala.

Dizem depois que é a convivência que acaba tornando tudo um imenso jogo de conveniência, mas eu tenho ciência de que mesmo que o amor não tenha acabado o que se vai tempos antes é a paciência.

E de tudo isto só sobramos nós, surdos um para o outro, coração de papel, este é o preço da nossa penitência.