domingo, 17 de julho de 2011

.do dia em que deitei para descansar


Acho que o tempo me deixou mole
Não macio... nem gelatinoso... mole mesmo...
É muito tempo para pensar no que se tem feito
É muito tempo para pensar no caminho em que se está seguindo
É tempo demais para passar o tempo todo deitado

E este osso que não gruda, não junta, não fixa
Deve ser feito do mesmo sentimento que me faz não conseguir fixar sonhos em todos lugares
Fixar sonhos em sonhos comuns, como uma herança de sangue e alma para nos guardar em nossa velhice
Sinto medo disto, não da velhice, mas de alguém sendo obrigado a fazer companhia
Porque assim nos foi ensinado, porque assim é o certo

Passei meu tempo de pensar pouco sobre as coisas e a adolescência voôu por sobre meus ombros
Demorei demais para perceber coisas que não tenho como ser
Demorei tempo demais perdendo tempo em coisas que não eram para mim
Agora é hora de dormir e fingir que amanhã tudo isto não passou de um sonho ruim

É hora de acordar e fingir que me importo com os outros
É hora de entender que é tudo mentira
Passou o tempo de te pedir "me aceita"
Passou da hora de te perguntar a receita
Para aprender a conviver com um monstro tão mesquinho e careta...

**texto sem revisão, apenas botando sobre o teclado a angústia palavreada.