segunda-feira, 5 de abril de 2010

.do lado sombrio

De: Gus
Para: Silent
Data: 05/04/2010 - 17:36
Assunto: do lado sombrio (rascunho)

Tu é doente, vai te tratar... Publiquei!

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De: Silent
Para: Gus
Data: 05/04/2010 - 14:21
Assunto: RES: do lado sombrio (rascunho)

Não reclama que sem mim tu também não existiria, agora para de mi mi mi e publica.

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De: Gus
Para: Silent
Data: 05/04/2010 - 13:48
Assunto: RES: do lado sombrio (rascunho)

Cara, só consegui ler agora, foi mal.
Mas que humorzinho de merda tu anda hein sr. Silent, putz....

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De: Silent
Para: Gus
Data: 05/04/2010 - 08:11
Assunto: do lado sombrio (rascunho)


As brumas do tempo sopram incessantes sobre as cabeças dos que passam algum tempo ao nosso redor e esta, por sua vez, disfarçada de claro sentimento de afeto não perdoa, tampoco releva.
Dia após dia alimenta silenciosamente um desejo primitivo e implacável que empurra à força bruta uma inegável sensação de confiança e acomodação a ponto de podermos falar a quem for que nos rodeia o que bem quisermos. E não posso negar, esta sensação é maravilhosa. Muitas vezes também falo até com um certo prazer me escapando por entre os dentes, deixo transparecer.
Mas não se trata de extremos, de vontades reprimidas ou mesmo verdades a serem descobertas sob panos quentes, fumegantes. Apenas sei que um tiro à queima roupa é uma marca que fica por algum tempo rondando a cabeça, ainda mais quando a bala disparada fora embebida em alguma espécie de sinceridade líquida, que deixa um rastro amargo como féu, que arranha a garganta, inconfundível.

"Tu é doente, bipolar, só pode. Igual a sua mãe".

Eu compreendo hoje que meus melhores dias não são tão previsíveis quanto as estações do ano, contudo isto também não significa que te aconselharei a se afastar e construir uma barricada para que possa me impedir, te proteger.
O passar dos dias me fez aprender à duras penas que não devo me preocupar com pessoas que apenas vivem suas ordinárias vidas sem algum sonho em seu horizonte, apenas basta que não os convide para sentar junto à minha mesa, não interesse quantas cadeiras ainda restem.

Talvez seja isto que eu deva buscar daqui pra frente, e assim crescer para além-mar, transpassar o tamanho do meu corpo, ser gigante. Talvez um dia compreendam que não ficarei rindo à toa para fazer parte do meio em que estou inserido e neste dia, quisá, seja normal alguém se comportar como óleo vivendo no mesmo aquário, sem a necessidade de se misturar por completo com a água.

Ao fim de tudo, tudo são só pensamentos e estes sim, não têm limites.

Um comentário:

Unknown disse...

Adorei o texto.
PS.: Silent.. tu devia se manifestar mais vezes por aqui!
=P