"Tu não viu, não percebeu que andei aos tropeços, aos prantos e
andei sorrateiro, na ponta dos pés, só para não fazer barulho?"
Era isto, era eu, sempre eu.
Inseguro, coração disparado e trepidante eu aceitei de bom grado e sorriso no rosto aquele teu tão sonhado - mergulho ao passado-, mas de lá de perto tive medo de soltar sua mão por muito tempo e por instante te ver dizendo em câmera-lenta que não quereria mais voltar.
Mas passou, voltou e voltou comigo. Fomos lá, lá longe, nos divertimos, sorri, sorrimos, é verdade. E cá de volta estamos, seque as lágrimas, engula os soluços, nada mais de prantos. Felizes estamos. E já sabe-se lá como te amo, e sabe-se cá o quanto ainda sofro - por debaixo dos panos - de ter de estar assim longe.
Mas um dia isto vai mudar, e se tu não mudar eu vou mudar, eu vou em uma noite de brisa morna preparar o teu jantar, e daqui deste Porto que em tempos como estes não Alegra nem mesmo mim, vou pedir para embrulhar e te dar o mar, e te levar num grãozinho de esperança para que sempre tu tenhas certeza que não fui embora, nem mesmo naquela hora que tu me viu partir, mas apenas vim para tomar coragem de para ti voltar.
** Memórias de viagem, Guarapuava / PR =)
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