sentido-me uma parede
velha parede que por décadas cruzara
ali parada, franzina
pintei-me uma parede pintada
sentido-me um andarilho
somente sentimento que consome ali calado
que desdenha e desafaga seja tu mesmo ou aquele ao lado
mostrei-me muito num simples agrado
sentindo-me uma caneta
velha caneta tinteiro com ponta de aço
vazia de lagrimas à lançar magoas no branco papel
por mais palido papel que estivesse
recitei-me num poema racunhado
arquei-me tal qual uma arvore
cansada, podre, velha, feia e desfolhada
sujas raizes, já não afundam, já não tão enraizadas
brotei-me para novamente crescer
seja em terra, ruas ou calçadas
* Perdão pela imprecisão, mas é só mais uma republicação de algum devaneio cognitivo rascunhado em meados de 2006
3 comentários:
Acho q o silent não deve ser legal..
F-A-T-O, o silent não é uma boa pessoa!
Tenho certeza disso...Diz pra ele que cortei as unhas, estavam quebrando, hehehe
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