sexta-feira, 18 de maio de 2007

.num vinho amargo, travo e morro

sentido-me uma parede
velha parede que por décadas cruzara
ali parada, franzina
pintei-me uma parede pintada

sentido-me um andarilho
somente sentimento que consome ali calado
que desdenha e desafaga seja tu mesmo ou aquele ao lado
mostrei-me muito num simples agrado

sentindo-me uma caneta
velha caneta tinteiro com ponta de aço
vazia de lagrimas à lançar magoas no branco papel
por mais palido papel que estivesse
recitei-me num poema racunhado

arquei-me tal qual uma arvore
cansada, podre, velha, feia e desfolhada
sujas raizes, já não afundam, já não tão enraizadas
brotei-me para novamente crescer
seja em terra, ruas ou calçadas


* Perdão pela imprecisão, mas é só mais uma republicação de algum devaneio cognitivo rascunhado em meados de 2006

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho q o silent não deve ser legal..

Gustavo Silent disse...

F-A-T-O, o silent não é uma boa pessoa!

Anônimo disse...

Tenho certeza disso...Diz pra ele que cortei as unhas, estavam quebrando, hehehe