sexta-feira, 25 de maio de 2007

.el desdichado


Eu sou o Tenebroso, o Irmão sem irmão, o Abandono, Inconsolado, o Sol negro da melancolia. Eu sou Ninguém, a Calma sem alma que assola, atordoa e vem no desmaio do final de cada dia. Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei, O samba-sem-canção, o Soberano de toda a alegria que existia. Eu sou a Contramão da contradição que se entrega a qualquer deus-novo-embrião, pra traficar o meu futuro por um inferno mais tranquilo. Eu sou Nada e é isso que me convém, Eu sou o sub-do-mundo e o que será que me detém? Eu sou o Poderoso, o Bababã, o Bão! Eu sou o sangue, não! Eu sou a Fome! do homem que come na brecha da mão de quem vacila. Eu sou a Camuflagem que engana o chão, a Malandragem que resvala de mão em mão, Eu sou a Bala que voa pra sempre, sem rumo, perdida. Eu sou a Explosão, o Exu, o Anjo, o Rei, Eu sou o Morro, o Soberano, a Alegoria que foi a minha vida. Eu sou a Execução, a Perfuração, O Terror da próxima edição dos jornais que me gritam, me devassam e me silenciam. Eu sou Nada e é isso que me convém, Eu sou o sub-do-mundo e o que será que me detém? trick, track, plaw, plaw, plaw, plaw, plaw! o que será, o que será, o que será...

Um comentário:

Anônimo disse...

O texto tá meio confuso pra mim, mas putz que olhão hein meu...hihi